Atividade gratuita qualifica o desenvolvimento de práticas em Educação Ambiental

Em junho aconteceu a primeira etapa do curso gratuito “Árvores da Mata Atlântica: possibilidades para a educação nas escolas”, realizado pelo Projeto Taramandahy – Fase III, com o objetivo de qualificar para práticas de Educação Ambiental. A atividade reuniu professores e funcionários de escolas da região da bacia do Tramandaí e do Instituto Federal de Educação de Osório, bem como agricultores e membros de associações ambientais e da SEMA/RS (Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável). Esta é uma das ações de educação e sensibilização ambiental que integram-se às iniciativas de cuidado da água, propostas pelo Projeto Taramandahy – Fase III, realizado pela Anama e patrocinado pela Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal.

De Castro palestrou sobre os biomas da Mata Atlântica

A programação da manhã foi realizada no STR (Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Maquiné), e iniciou com apresentação do Projeto Taramandahy – Fase III e a palestra “Bioma Mata Atlântica: relevância, potencialidades e desafios socioambientais” com o ecólogo, permacultor e coordenador do Projeto, Dilton de Castro. Em seguida, a bióloga e professora estadual, Cláudia Luiz Schirmer, palestrou sobre “Espécies arbóreas da Mata Atlântica: características e potencialidades”. À tarde os participantes visitaram a propriedade do guardião de sementes Amilton Munari, em Maquiné, aonde conheceram o sistema agroflorestal implementado e esclareceram dúvidas sobre Legislação Ambiental e certificação de sistemas agroflorestais, com os técnicos da SEMA/RS Rômulo Valim e Clara Weber Liberato.

O Guardião de Sementes Amilton Munari apresentou o sistema agroflorestal

O segundo módulo ocorreu dia 16 de julho, seguindo a proposta de envolver a comunidade escolar em estratégias de preservação e cuidado com a Mata Atlântica. Por causa do excesso de chuvas, a prática de viveirismo foi adiada para outubro. No espaço do STR-Maquiné o grupo recebeu orientações do biólogo e professor estadual Luciano Guterres quanto à elaboração de projetos pedagógicos como ferramenta na prática educativa. Entre outras coisas, ele esclareceu que o projeto a ser elaborado esteja integrado ao planejamento de aula, ou no contexto da comunidade a qual está inserido. Guterrez observou a predisposição do projeto em ser interdisciplinar, estando relacionado com alguma das áreas de conhecimento do ensino: Linguagem; Ciências Humanas; Ciências da Natureza; Matemática ou Ensino Religioso. A partir daí, o grupo sistematizou as atividades possíveis para cada uma destas áreas de conhecimento. Os participantes, em atividade a distância e com acompanhamento, irão elaborar projetos inseridos na sua realidade, os quais serão apresentados e discutidos em oficina específica no último módulo

Guterrez sistematizou atividades possíveis para as áreas de conhecimento

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Estão programados mais dois encontros presenciais, sendo o próximo dia 10 de setembro (a confirmar), com a saída de campo, cujo objetivo será mostrar diferentes ecossistemas da Mata Atlântica e observar in loco as árvores nativas. Se possível, coletar frutos e sementes.
Mais informações pelo e-mail taramandahy@gmail.com.