Curso realizado pelo Projeto Taramandahy – Fase III dia 26/1 contará com mais um encontro sobre o tema, possibilitando a qualificação da Defesa Civil Municipal
Com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal, o Projeto Taramandahy – Fase III realizou o terceiro curso do seu programa de mobilização e capacitação em ações de proteção e defesa civil, em Maquiné/RS.
O curso ocorreu em 26 de janeiro de 2019, no vale da Forqueta, com o tema primeiros socorros em áreas não convencionais: BLS – Suporte Básico de Vida. Tratou sobre avaliação de atendimento inicial em emergências; manejo básico em vias aéreas: ventilação e circulação; operação de equipamentos de controle de lesões; manejo de equipamentos de imobilizações e transporte de vítimas. Contou com instrução técnica de Fábio Bortolotti, emergencista e socorrista, instrutor credenciando na AMERICAN SAFETY & HEALTH INSTITUTE e da emergencista enfermeira especialista em Urgência e Emergência, Luciana Pereira da Silva. Participaram agentes voluntários da defesa civil, servidores municipais da área da saúde, assistência social, educação, moradores locais, estudantes de curso técnico de enfermagem e trabalhadores do turismo.
Segundo Bortolotti, “a grande diferença entre áreas convencionais e não convencionais, é que no caso da primeira, é possível ter um plano de ação mais efetivo, com recursos de socorro mais sofisticados e rapidamente disponíveis; já nos ambientes não convencionais, existem riscos e perigos ambientais que se integram, como: difícil acesso, ambiente hostil, isolamento, condições extremas – como por exemplo as condições climáticas severas, dificuldades ou inexistência de comunicação, dentre outros fatores que tornam necessário um plano de contingência específico para cada situação. Em áreas não convencionais, como as zonas rurais afastadas e as matas, se faz necessário acionar um plano comunitário de ação de emergência, além do uso de técnicas de socorro integradas ao resgate. No resgate, a atuação de pessoal, os aparatos e técnicas são especializados e devem ser executados por profissional preparado. Portanto, deve haver plano de ajuda mútua, com envolvimento de voluntários locais e equipes especializadas de emergências; são operações mais complexas”, definiu.
Durante o treinamento, Bortolotti ressaltou a importância em trabalhar na prevenção do trauma ou do evento: “Seria uma boa prática que os profissionais responsáveis por grupos de pessoas que adentram áreas remotas ou áreas não convencionais elaborassem um Planto de Avaliação de Riscos de Percurso e de Pessoas – PARPP, que visa rastrear as atividades, antecipar os comportamentos perigosos e identificar limitações físicas ou patologias que as pessoas possam ter e que possam ser desencadeadas durante as atividades em áreas remotas, tornando-as mais seguras. Por exemplo: se um grupo vai fazer caminhada em ambiente com risco de queda em altura, é indicado o uso de capacete; se a caminhada for em local que tenha o risco de ferimento por animais peçonhentos, deve-se fazer uso de proteção adequada; se uma pessoa é diabética, deve comunicar ao guia; poder contar com uma linha de vida para travessia segura em um rio ou ribanceira, são todos comportamentos e ações de prevenção e proteção de pessoas, e isso significa muito na sobrevivência e qualidade de vida de todos”, concluiu.
O enfermeiro de Maquiné, Vitor Hugo Lumertz Borges participou do curso junto com duas técnicas em enfermagem da equipe da saúde municipal. Ele citou a sinalização dos locais de risco e o treinamento de pessoas da comunidade como meios de favorecer os sistemas de prevenção de desastres em áreas turísticas e de difícil acesso.
O próximo curso de primeiros socorros ocorrerá dia 23 de fevereiro e terá ênfase em infarto agudo do miocárdio, reanimação cardiorrespiratória, acidente vascular cerebral, afogamento e acidentes com animais peçonhentos.
Seguindo a proposta de auxiliar o município de Maquiné com cumprimento da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, o Projeto Taramandahy também realizará um Exercício Simulado de prevenção de desastres e um Seminário sobre estratégias integradas para a gestão de riscos associados à eventos climáticos na bacia do Rio Tramandaí. Em breve, mais informações.