Formação proporcionou momentos para trocas de experiências e apresentou diferentes alternativas para uma alimentação mais saudável e justa
No dia 19 de março acontecerá o quarto e último encontro do Curso de Culinária Agroecológica, Gastronomia e Saúde realizado pelo Projeto Taramandahy – Fase III. Terá início às 8 horas no Centro de Referências Ambientais Taramandahy (ERS 484, nº 780, Maquiné/RS). O Curso integra o conjunto de ações elaboradas pelo Projeto, com objetivo de contribuir com a qualificação das pessoas envolvidas na educação alimentar e ambiental, produção, processamento e comercialização de alimentos agroecológicos.
Neste contexto, a atividade buscou sensibilizar para a inter-relação entre a produção de alimentos e a gestão das águas, bem como colaborar com os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU): nº12 “acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável” e nº6 “assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos”. O Projeto Taramandahy é realizado pela Anama e patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal.
Os potenciais dos alimentos da sóciobiodiversidade, o cozinhar e comer como um ato político e ambiental e a integração entre produtores e consumidores permearam os encontros. Logicamente, as refeições foram as estrelas do curso, trazendo à tona novas e antigas receitas com alimentos resgatados da história das comunidades, principalmente pelas PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais) nos dois primeiros encontros. O segundo contou com facilitação do Chef Rodrigo Bellora, idealizador do Restaurante Valle Rústico, na Serra Gaúcha, que enfatiza sobre “cozinha de natureza”, na qual a preparação do prato começa quando o agricultor coloca a semente na terra.
Em um terceiro momento, os cursistas visitaram quatro propriedades da agricultura familiar agroecológica: Sítio Monavon, Sítio dos Silva, Sítio da Família Barcelos e o Sítio Mirante do Poente, todos localizados no Morro da Borússia, em Osório, aonde puderam se inspirar nas vivências de empreendimentos que firmam seu cuidado com as pessoas, o planeta e seus recursos naturais e que também elaboram produtos a partir dos alimentos da sociobiodiversidade, atuando na educação alimentar e ambiental, com dinâmicas de vida e produtiva, tais como a diversificação da produção, o manejo agroecológico, o uso de plantas medicinais e de alimentação com produtos locais e crudívora.
No último encontro, dia 19, as facilitadoras Valéria Bastos e Janaína Soares darão continuidade às trocas de experiências e ressignificação das relações entre saúde humana e ambiental, trazendo novas receitas e estimulando o grupo a elaborar estas e também suas próprias receitas sociobiodiversas.