Formação marca os dez anos do projeto PANC no Brasil e contará com facilitação dos criadores do termo PANC

O Projeto Taramandahy – Fase III está apoiando o Ciclo de Vivências “PANC e a trivialidade na cozinha do RS”, que será realizado em abril em diversos municípios do Estado, entre eles Osório. As vivências têm como principal objetivo sensibilizar os participantes a respeito do conceito PANC, difundindo e popularizando seus potenciais gastronômicos, nutritivos e ambientais. Contarão com instrução dos criadores do termo ‘Plantas Alimentícias Não Convencionais’, Valdely Kinupp e Irany Arteche.

Em Osório, a atividade ocorrerá dia 10 de abril. Além do Projeto Taramandahy – Fase III, outras entidades estão apoiando a realização deste evento no Litoral Norte: Centro Ecológico, Comafitti, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Osório, Rede de Educação Ambiental do Litoral Norte, Emater/RS, OPAC-LN (Organização Participativa de Avaliação da Conformidade Orgânica), XLá e Rede de Orgânicos. Na ocasião, o Projeto dará acesso à participação de pessoas envolvidas nas atividades de educação ambiental e alimentar, incluindo alguns professores de escolas indígenas das aldeias do Litoral. A Anama (Associação Nascente Maquiné) é a entidade que realiza o Taramandahy – Fase III, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal. O Projeto também conta com apoio do Comitê Tramandaí.

Segundo o Livro “Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil” de coautoria de Valdely Kinupp, as PANC são as “plantas que possuem uma, ou mais categorias de uso alimentício…, mesmo que não sejam do dia a dia da grande maioria da população de uma região, país ou planeta, já que temos atualmente uma alimentação básica muito homogênea, monótona e globalizada” (São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2014, p.14). Valdely Kinupp é botânico e o maior conhecedor e divulgador da agrobiodiversidade brasileira, criou o termo Plantas Alimentícias Não Convencionais, título de sua tese. Irany Arteche é nutricionista. Ela criou o acrônimo PANC e faz da cozinha uma fonte de saúde, prazer e cuidado com o ambiente.  Ambos estiveram juntos no Projeto PANC em 2009 e agora trazem as PANC para o cotidiano, divulgando as práticas de “identificar, coletar, usar trivialmente, ressignificando a alimentação, desde a produção até o uso da integralidade dos alimentos, preconizando novos rumos da alimentação.” Estes encontros são um marco de dez anos do projeto PANC no Brasil.